Coração!

Coração arde,
Coração é fogo,
Que nem com a tarde.
Como se fosse uma pegada,
Ou uma ferida que nunca sara.
Coração é fogo,
Coração é chama,
Quando alguém o ama.
É a alma que se consome,
E se perde no tempo, que passa devagar ao luar.
Não é brinquedo,
Nem nada que se pareça,
Mas muitos assim pensam.
Tenho medo de ser magoada,
De sonhar acordada,
De pensar que estou a ser amada.
Não quero ser iludida pelo coração,
Outra vez.
Já fui suficientemente ferida
E não quero que isso aconteça de novo.

Não percebo!

Não percebo porque é que gozam tanto com as pessoas, não sei se lhes dá prazer ou se é para se vingarem.
Opinião mentiras e coisas que não são verdade, sinto-me culpada por não conseguir fazer nada. Por mais que tente não consigo ajudar.
Sinto uma imensa revolta, porque aqueles que o gozam já me fizeram o mesmo, tenho esperança que isso acabe brevemente.
Criticam-no por qualquer acto que ele tenha. Devem ter os olhos vendados para não verem o qual amigo ele é, sincero e pacato, nunca conheci ninguém assim.
Só queria que se pusessem na pele de quem sofre actos tão cruéis e desumanos como este.

A flor lilás!

Um dia ao passar pelo meu jardim reparei numa pequena erva a crescer.
Toda a gente a via, achavam-na horrorosa.
Mas algo nela me cativou, achava-a diferente.
Não cuidava dela como uma flor vulgar.
Ficava muito tempo olhando para ela admirando a sua simplicidade. E ninguém percebia porque eu a achava tão bela.
Durante longas semanas de espera surge uma linda flor, e tons de lilás. Era linda, deslumbrante, as suas pétalas reluziam ao sol.
Havia centenas de flores espalhadas pelo jardim, mas nenhuma se comparava com aquela.
Todas as pessoas a achavam linda, e já se tinha esquecido do que estava em seu lugar.
A erva monstruosa transformara-se numa linda flor lilás.
Para as melhores flores de minha vida!