terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tu queres-me eu desejo-te


Dizes que me queres com todas as tuas forças, que vais lutar, que mão vais desistir, que me adoras e pedes um beijo.
Eu desejo-te, de pensamento, de corpo e alma, mas disfarço, tento não mostrar.
E se o que dizes é verdade, se tudo isto não tenha passado de uma mentira…
Tenho medo, medo de te querer, medo de te perder, medo de te desiludir, outra vez, medo, apenas medo, medo e mais medo…
Não sou nenhuma boneca para brincares, tenho sentimentos!
Não posso simplesmente aceitar-te, tens de lutar para recuperar o que perdes-te, tens de dar valor ao que a vida te dá, tens de dar valor aquilo que eu sou.
Não me vais ter quando queres, e quando menos esperares vou dizer-te tudo o que penso, tudo o que me vai na alma, e depois desaparecerei nas sombras e nos medos, apenas serei uma recordação.
Mas o que dizes agora são apenas palavras, mas lê o que me vai na alma, olha-me nos olhos e vê o que me vai lá dentro, sente as batidas do meu coração, esse não mente, nem engana.
Tu queres-me e eu desejo-te!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fazes-me sentir…


Fazes-me sentir uma borboleta em dias solarengos de verão, fazes-me ser chuva nos dias de primavera, fazes-me ser sol nos dias de inverno…
Fazes-me sorrir nos dias tristes, fazes-me ser tudo, sou mar, sou céu, sou paz, sou liberdade…
O teu sorriso, o teu olhar, são difíceis de esquecer, e as tuas palavras carinhosas, meigas e doces…
Não sabes o que eu sinto, nem sabes o que eu escrevo, os olhares que nunca chegaram a ser revelados e os pensamentos indesejados, as palavras intensas que pensei escrever-te.
Estúpida timidez, mal sabes que existo, não sabes que o que eu digo não é da boca para fora mas sim do fundo do meu coração, não são simples “adoro-te” ou “gosto muito de ti”. Brincas e eu também. Não vês o que sinto nem o quero dizer, não quero que fiques pensando que são meros actos.
Estúpida timidez que não me deixa contar os meus sonhos, aqueles que foram contados á Lua…
Não sabes pois não, deixa estar, não preciso que saibas, não preciso que olhes, não preciso que vejas, nem ouças, só quero que leias, leias os textos que escrevo e que escreverei. Foram escritos para ti, e só para ti...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ser borboleta…


Não quero ser alvo fácil, quero que lutes e vejas o que sofri para te ter.
Não quero ser fria, quero ser dócil, quero amar-te, não quero sofrer, mas quem quer, e como posso fazer-te lutar se quero ser assim. Porque é que tenho de tornar tudo tão fácil para o teu lado e tudo tão negro para o meu.
Porque é que não sou uma simples borboleta pintada de cores alegres, espalhando a minha beleza pelo mundo, poderia voar, conhecer terras, cheirar o doce perfume das flores e saborear a doce brisa da primavera, poderia fazer uma criança sorrir ao passar por ela, seria livre, sem problemas para me estragarem um lindo dia de sol, poderia voar até á lua, poderia poisar numa pétala de rosa e beijar o céu.
Se fosse uma borboleta tudo seria mais fácil…